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31
Mar15

Life goes on

Os miúdos estiveram uns dias no Alentejo. Eu trabalhei e vi o filme do Jon Stewart, Rosewater, que não é extraordinário mas também não é nada mau. E vi outro, o Matem o Mensageiro, que também é sobre um jornalista daqueles que já só quase existem nos filmes, os que procuram a verdade e não cedem às pressões. O meu pai continua a fazer a melhor feijoada do mundo. Ignorámos as notícias das catástrofes e fomos ao Museu do Ar, em Sintra. Os putos ouvem-me falar em museus e começam logo a franzir o nariz e a dizer que não querem mas no fim de contas divertimo-nos bastante. Cada vez gosto mais da Capicua. Amigos separam-se, amigos decidem casar. É horrível ver os nossos meninos a perder um jogo de futebol, dá-me assim um nó na garganta. O António Lobo Antunes pode até vender menos livros mas continua a ser genial. Fomos para o campo na cidade e apanhámos sol até ficarmos com as bochechas vermelhas, eles a brincarem com paus e terra (e o Pedro acabou caído na lama do Tejo e ficou todo sujo) e eu deitada na relva a ler o Aleluia, do Bruno Vieira Amaral, que é um pequeno-grande livro. O António chora sempre a ver filmes de animação. Fiz baba de camelo. Mudou a hora. Matámos saudades das amigas mais antigas e foi um domingo bom mas bom. Não fomos ao estádio mas gritámos pela selecção e a selecção ganhou. Ainda me dói o joelho e tenho uma consulta de ortopedia esta semana. E assim vamos. Há dias bons e há dias maus e quando os dias são mesmo maus, daqueles dias em que me sinto a pessoa mais infeliz do mundo (o que normalmente coincide com o facto de me sentir a pior mãe do mundo), tento respirar fundo, procurar a felicidade nas coisas pequenas (é um cliché mas é verdade) dormir e esperar que o dia seguinte seja melhor. E geralmente é.

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publicado às 01:27


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