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20161116_113907_resized.jpgEsta é uma página de Paula Rego por Paula Rego, um livro com entrevistas de Anabela Mota Ribeiro à artista. Explico tudo na Máquina de Escrever

publicado às 23:01

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Saí do jornal à pressa, já atrasada, atarantada. Prince tinha acabado de morrer e os meus filhos quase a sair da escola. Prince tinha acabado de morrer e a mim apetecia-me ter uns 16 ou 17 anos e fechar-me no quarto com uns phones nos ouvidos e ouvi-lo outra vez, mais uma vez, com aquela voz inconfundível. Entrei no metro, rodeada de pessoas e próximas paragens, e eu a lembrar-me das tantas vezes em que dancei o Kiss, o Get Off, o Cream, o Purple Rain. E agora há o treino e os banhos e o jantar e a cozinha por arrumar e enquanto isso ele a tocar guitarra na minha cabeça. Que parvoíce isto de se ficar triste com a morte de alguém que não nos é próximo, pensava. E no entanto.The most beautiful girl in the world. This Could Be Us. When Doves Cry. Na batalha entre Michael Jackson e Prince, eu sempre fui pelo Prince. Não há moonwalk que bata aquele menear de ancas. Sexy MF. As músicas mais sensuais do mundo são as do Prince. Músicas para empernar com as minhas miúdas (não há outra maneira, amigas, vocês sabem como é). Diamonds and Pearls. I Would Die 4 You. U Got the Look. Alphabet St. Diamonds and Pearls. Tantas. Uma meia leca de gente e tanto talento ali. Ele não precisava dos tacões altos para ser o maior. E era livre. Era o que eu achava, era o que eu sentia quando o via e ouvia. E também eu me sentia livre a dançar com ele.

Ainda não tive tempo para ler muito do que se escreveu nestas horas, mas gostei de ler este texto do Vítor Belanciano.

Vejam-no AQUI que também é uma delícia. 

Adenda: o que tenho a dizer sobre Get Off e outras escolhas de Prince na Máquina de Escrever.

publicado às 22:34

19
Dez15

Listas

Eu gosto de listas. As listas de melhores do ano que os outros fazem ajudam-me a, por esta altura, fazer a lista daquilo que não li, não vi, não ouvi mas ainda estou a tempo de fazê-lo. Por exemplo, decidi que quero ver o Mad Max, apesar de saber que não é nada o meu género de filme. E também vou ouvir o disco das Pega Monstro que, por puro desleixo, acabei por deixar passar. E fiquei a pensar que talvez tenha de dar mais uma hipótese à Elena Ferrante.

Dou a minha pequena (muito pequena) contribuição para as listas do ano da Máquina de Escrever. E fiz esta lista de livros para crianças, porque é, de todas, a área que consigo acompanhar mais de perto (não por muito tempo, imagino, mas para já ainda é). 

publicado às 14:18

14
Out15

Caracóis

Para quem, como eu, gosta tanto de memórias e de álbuns de fotografias, o livro da Djaimilia Pereira de Almeida, Esse Cabelo, é uma pequena pérola. Hoje, escrevo sobre ele na Máquina de Escrever.

E, a propósito, lembrei-me desta música:

Astrud Gilberto canta Nega do cabelo duro (há outras versões, mas este é o disco que tenho em casa e de que gosto bastante)

publicado às 14:46

12
Jun15

É sexta-feira

Lá porque eu não tenho vindo aqui não quer dizer que não têm acontecido coisas importantes, quer apenas dizer que não tenho vindo aqui falar delas. Adoro esta altura do ano, quando já não há testes nem trabalhos de casa e o tempo livre passa a ser verdadeiramente livre, e podemos brincar, em casa e na rua. Nos dias bons, os meus filhos são lindos e doces. Nos dias bons, fico a olhar para eles embevecida, a ver como estão crescidos e autónomos. Os dias bons são os que vale a pena guardar. A festa da escola (com lágrimas, sempre). Uma tarde de conversa boa a falar sobre discos com amigos que já não via há algum tempo. Comer bifanas e beber sangria com mais amigos enquanto os miúdos brincam às escondidas, uma noite inteira, no arraial do nosso bairro. Dar abraços. Dar abraços, mesmo que seja ao longe, quando não podemos estar junto das nossas pessoas.

E ainda:

Passei uma tarde na conversa com uma senhora com uma memória fabulosa e que conta histórias deliciosas sobre o seu tio, Fernando Pessoa.

O Vhils recebeu uma condecoração e em vez de dizer as baboseiras de ocasião escreveu um texto que vale muito a pena ler, onde fala da sua geração: "A geração desprezada. A geração das famílias fragmentadas. A geração do talento desperdiçado, cuja educação, suportada pelo país, se vê agora investida noutros cantos do mundo."

Uma reportagem muito boa da Rita, com a participação da super-mãe Sónia, sobre o modo como nascemos e o excesso de cesarianas. Eu não sou de fundamentalismos mas acho que bastaria mudar apenas algumas pequenas coisas no modo como se fazem os partos nos hospitais para que tudo fosse melhor, sobretudo para as mães mas também para os bebés.

Ainda vão a tempo de ir ver, este fim-de-semana, um grande espetáculo, O Inimigo do Povo, texto de Ibsen, encenação de Tónan Quinto, no Teatro São Luiz. Divertido e acutilante, como se quer. E com uma mão cheia de excelentes actores.

Não fui à feira do livro e não tenho pena. Mas comecei a ler o livro de que toda a gente fala. Por uma vez na vida estou em sintonia com o meu tempo (qualquer dia ainda me vêem a correr. lol).

E é isto. Hoje é sexta-feira. Aproveitem o fim-de-semana que eu hei-de estar a trabalhar. E ouçam esta pequena maravilha: Sufjan Stevens, All of Me Wants All Of You.

publicado às 12:29

03
Jun15

Vira o disco

Se alguém estiver pelo Chiado no domingo, ao final do dia, pode dar um saltinho à Fnac e ficar a tomar conta dos meus filhos por um bocado? É que eu vou estar ocupada a escrever à máquina e não me dava jeito que eles destruíssem tudo...

publicado às 23:10

Hoje escrevo sobre dois livros que gostei muito de ler. Não é uma crítica. É só um apontamento sobre algo que me pôs a pensar.

(e depois deste afã inicial, vamos ver quando voltarei a ter tempo para escrever à máquina)

publicado às 13:57

22
Jan15

Aquela máquina

Máquina de Escrever é um novo site dedicado à cultura criado pelo Nuno Galopim. Tem notícias, críticas a filmes, discos e livros, alguns ensaios, artigos de opinião. E tem muita e boa gente amiga a escrever. A ideia não é substituir os jornais mas antes dar espaço a tudo o que não cabe na rigidez dos jornais.

De vez em quando, também eu andarei por lá, para falar de algumas das coisas que me interessam. Ora espreitem.

publicado às 10:56


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