Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Quando, quase no final da tarde, o Guilherme se levantou e pegou na mala, pronto para sair no último dia de trabalho antes de se reformar, houve alguém que se levantou também e começou a bater palmas. Em poucos segundos estávamos todos do pé, novos e velhos, os mais próximos e os mais longínquos, o diretor que saiu do gabinete, os gráficos que vieram do seu cantinho, os estagiários, os jornalistas de todas as secções a aplaudir juntos o Guilherme de Melo que, emocionado, chorava entre os abraços, caminhando lentamente para o elevador. Trabalho ali vai para 17 anos e nunca tinha visto e nunca mais voltei a ver nada assim. Conheci-o pouco mas uma coisa sei: o Guilherme, sempre disponível para uma conversa, sempre com uma história para contar, uma anedota picante, um segundo sentido, com o seu jeito ao mesmo tempo querido e desbocado, que tanto discutia poesia como os músculos torneados de algum rapaz, que tanto sabia ser chique como chocar, era uma dessas raras pessoas que se estava nas tintas para o que outros pensavam dele.

 

Quem quiser saber mais sobre ele leia aqui:

http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=3296525&page=-1

publicado às 21:26



Mais sobre mim

foto do autor