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Outro dia apanhei a Balada de Hill Street na RTP Memória. Aqueles é que eram os tempos. Já nem me lembrava como eram as séries policiais antes da brigada da cotonete. Polícias sujos e a dizer palavrões, preconceituosos, politicamente incorrectos, que dão uns murros nos mauzões. Perseguições, prostitutas, rixas entre gangs. A esquadra cheia de gente, as secretárias com as máquinas de escrever, papéis empilhados, telefones fixos. Muito longe do ambiente higienizado e dos investigadores-que-mais-parecem-modelos das séries de hoje em dia. (nota-se muito que eu já não posso mesmo com os gajos do CSI e afins? que cada vez que os vejo tenho que mudar de canal senão fico enjoada?)

publicado às 11:39

Zapping. Vejo a Meg Ryan e o Tom Hanks na Sintonia do Amor e deixo-me ficar. Quantas vezes já vi eu este filme? Muitas. Mas mesmo assim deixo-me ficar. Mesmo sabendo os diálogos de cor, mesmo sabendo como vai terminar, nada disso diminui o prazer de ver um filme ou sequer reduz a ansiedade com que o vejo. Quantas vezes podemos chorar com a mesma cena? Quantas vezes rimos da mesma piada? E o que é mais estranho é que não há nada em comum nestes filmes que eu vejo e revejo vezes sem conta. São de épocas diferentes, de géneros diferentes, uns são filmes bons, outros nem por isso. Pode ser Quatro Casamentos e um Funeral ou Ocean's Eleven. Pode ser Casablanca ou Sunset Boulevard. Pode ser Kramer contra Kramer ou My Fair Lady. Pode ser Sabrina ou As Pontes de Madison County. Apanho-os a meio, no canal Hollywood, e já não me levanto do sofá. Prefiro mil vezes a Audrey Hepburn às polícias botocadas do CSI. Não é tempo perdido, não, é tempo recuperado.

publicado às 11:03


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