Estas miúdas não usam manolos nos pés mas são umas amigas de luxo. Erguemos as caipirinhas e brindamos a uma barriga crescida, a um amor que se consolida, a um novo emprego, a uma vida, como a minha, sem grande novidade (e nos tempos que correm não ter novidade é talvez a melhor novidade de todas). Rimo-nos muito. Falamos deles. E dos putos. E da cadela. Os empregados do restaurante, encostados às mesas vazias, furiosos, murmuram entredentes então mas estas nunca mais se vão embora? Metemo-nos à chuva a planear um encontro no Verão com vestidos de festa e saltos altos (veremos, por ti, minha amiga, posso considerar essa hipótese). Foi o nosso momento Obama. Crise, qual crise?