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Chegar a casa, descalçar os sapatos e tirar o soutien.
Foi por alturas do natal, num daqueles jantares onde conversa puxa conversa, que, já quase no fim da noite, nós todas com bandoletes de renas na cabeça, elas me mostraram a Porta dos Fundos. Começámos pelo Sobre a Mesa e o Nome do Bebê (que continuam, ainda hoje, entre os meus sketches preferidos) e depois quase não conseguíamos parar de ver os vídeos, uns atrás dos outros, descobrindo a maravilhosa Clarice Falcão, os engraçadíssimos Gregório Duvivier, Fábio Porchat, Antonio Tabet e todos os outros. Tratei de espalhar a novidade por colegas e amigos. Já viram? Não viram? Vão ver. A Porta tornou-se um vício. Motivo de gargalhadas inusitadas a meio de um dia de trabalho. Referência comum nas nossas conversas. Gritamos por Judite. Imitamos a Maitê. Pedimos tangerinas. Falamos com sotaque.
No sábado passado, o dia mais quente do ano, Fábio Porchat esteve em Lisboa num espetáculo de stand up comedy integrado no Famous Humour Festival e foi tudo aquilo que podíamos esperar dele. Histérico, apressado e muito engraçado. Ele não conta anedotas, conta histórias. Ele não goza com gordas nem com gente famosa, goza com ele próprio. E, sim, esta é uma boca para os humoristas portugueses e para o muito que alguns ainda têm que aprender. Foi tão bom. Ri tanto, mas tanto.
Diz-se que um homem que nos faz rir é melhor do que um homem que nos oferece um anel de diamantes. É um daqueles clichets. Mas, imagine-se, eu até sou uma rapariga que gosta de clichets.