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O meu filho manda-me mensagens de telemóvel que terminam com "bjokas".
(e devo ficar feliz por ele gostar de me mandar mensagens e beijinhos, não é?)
De três em três semanas, calha-me trabalhar ao fim-de-semana. Odeio, claro.
Mas.
Nesses fins-de-semana em que me calha trabalhar tenho que arranjar uns avós ou uns tios que fiquem com os meus filhos. E, quase sempre, os avós e os tios são simpáticos e, para facilitar, ficam com eles também à noite.
Isso significa que.
De três em três semanas, calha-me ter uma ou duas ou (raramente, muito raramente) três noites sem crianças. Em que não preciso correr do trabalho para os ir buscar. Em que posso cozinhar umas comidas com molhos e picantes. Ou posso comer uns flocos ao jantar. Ou posso ir jantar fora. Em que posso ir ao cinema ou ao teatro ou a um concerto ou estar com amigos. Em que não tenho que pensar neles e nas roupas deles e nas comidas neles e nas brincadeiras deles e nas coisas todas deles. Em que posso sair até às tantas. Ou ficar em casa sem fazer nada. Em que posso estar sozinha. Ou estar acompanhada. E isso faz com que trabalhar ao fim-de-semana não seja assim tão mau. Nada mau mesmo.
Hoje é sexta-feira. Hoje é um desses dias paradoxais.