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Only they’re not just children; they’re boy children."
Estava a ler isto e a lembrar-me dos nossos dias em Paris e da minha amiga a perguntar-me "mas como é que tu não tens uma doença do coração?". Não sei como, na verdade. Quando era mais pequeno, o meu filho Pedro era conhecido numa parte da família como "Pedro Pára" porque passávamos o dia inteiro a repetir Pedro, pára, Pedro, pára, de tal forma que parecia que uma palavra não podia vir sem a outra. Os meus filhos sempre foram assim enérgicos, mexidos, sempre andaram a correr por todo o lado, sempre aos saltos, sempre preferiram as brincadeiras físicas às brincadeiras calminhas. Mesmo agora que o António já está numa idade diferente e já se entretém bastante com as várias tecnologias, quando está com o irmão ou com outras crianças e, sobretudo, se estiver na rua/no jardim/ no parque, fica completamente imparável. Ficam os dois imparáveis. Palpita-me que os meus filhos subiram a todos os muros de Paris, escalaram a todos postes, pularam em todas as escadas, empoleiraram-se em todas as varandas e pontes e o Pedro ainda se espojou em todo o lado, mesmo no chão mais sujo. É muito cansativo para quem tem de tomar conta. É preciso estar sempre de olho, é preciso repetir muitas vezes não, párem, voltem, não, não, não, cada vez mais alto, até eles obedecerem. E às vezes é preciso simplesmente deixá-los ir, correr, explorar, brincar. Vivemos neste equlíbrio precário. Que sejam enérgicos mas que saibam comportar-se quando é preciso que se portem bem - esse é o objectivo a alcançar. Há dias em que sim, há dias em que não. Estamos a trabalhar nisso. Havemos de chegar lá.
Como escreve Lynn Messina:
"Sure, we all want our children to be polite and courteous and the perfect house guests, but we also want them to one day scale walls."