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Um filme feito de milhares de clipes retirados de outros filmes, mais ou menos conhecidos. Um filme onde a única coisa que acontece é o tempo a passar. E onde o tempo passa exactamente à mesma velocidade a que passa na vida real. Durante 24 horas. Christian Marclay, o artista que criou The Clock, conta que em Nova Iorque ou em Londres, onde a peça foi apresentada em galerias no centro das cidades, as pessoas apareciam para ver um bocadinho do filme antes de ir trabalhar ou à hora do almoço. Em Lisboa, The Clock está no Museu Berardo, o que fica um pouco fora de mão. Ainda assim, se puderem, passem por lá. A instalação pode ser vista até 19 de abril e a entrada é livre. Além disso, há uns dias em que o museu fica aberto durante toda a noite para quem quiser ver o que acontece em The Clock às duas ou às três da manhã. Atenção que a sala só leva 80 pessoas (48 lugares sentados). Mas vale muito a pena. O trabalho de montagem é absolutamente fabuloso. O tic-tac permanente faz-nos pensar um bocadinho nesta correria que é a nossa vida. E, além disso, há o divertimento acrescido de estarmos sempre a tentar descobrir a que filmes foram roubados aqueles relógios. É muito bom. O artista diz, e eu confirmo, que quem vai espreitar The Clock acaba sempre por ficar mais tempo do que planeava.

publicado às 09:10


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