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Tenho andado um bocadinho longe daqui, é verdade, este ano não tem sido fácil organizarmo-nos com o muito trabalho e os horários das crianças e as habituais correrias. Mas vamos tentar pôr a conversa em dia. Porque para mim hoje é sexta-feira, vou imitar a Joanna, que tem um blogue lindo e que todas as sextas-feiras deixa sugestões aos seus leitores. Eu só tenho meia dúzia de leitores e as minhas sugestões não são tão fashion como as dela, mas vêm do coração. Ora vejam:
Mais um blogue que entrou directamente para a minha lista de favoritos: Nheco.
Sei como é sentirmo-nos assim.
Outro texto daqueles bons da Ana de Amesterdam.
A Clara Ferreira Alves escreveu uma crónica que me pôs a pensar. Apesar do que possam dizer, não é fácil ser de esquerda nos dias que correm. Tenho tantas dúvidas sobre isto tudo.
Fui a Cascais e gostei muito desta exposição: fotografias a que ninguém pode ficar indiferente.
Quero muito ler o livro A Máquina de Triturar Políticos que o Filipe Santos Costa e a Liliana Valente escreveram sobre o jornal O Independente. Já estava na minha lista, mas depois do elogio do MEC tornou-se obrigatório.
A Sónia Morais Santos está na televisão e está muito bem, a fazer um programa sobre pais e filhos que passa aos sábados na TVI 24. Este fim-de-semana estive a trabalhar e não consegui ver (já sei, a box dá para andar para trás, irei fazer isso assim que possível, também ainda tenho o Dowton Abbey para ver, não me digam nada). Mas só o trailer vale a pena:
Vem aí um novo espectáculo da Companhia Maior. Chama-se Força e vai estar no CCB no próximo fim-de-semana. Não é dos melhores deles, mas mexe sempre em qualquer coisa dentro de mim (nem consigo fazer links para todas as muitas vezes em que já falei da companhia). Vê-los a envelhecer no palco, de ano para ano, e ao mesmo tempo a superarem-se é uma das experiências mais comoventes que já tive enquanto espectadora de teatro.
E a terminar. Esta foi uma descoberta recente. John Grant. Enjoy.
Esta semana, fui duas vezes a Cascais, em trabalho. Da primeira vez, eram quase seis horas, anoitecia e chovia muito. Hoje, era meio-dia e estava um sol de verão. Das duas vezes fui ouvindo um disco dos Blur que era o que estava ali à mão e das duas vezes lembrei-me do concerto deles a que assisti no festival Super Bock Super Rock. Estive quase para não ir. Estava a atravessar uma daquelas fases em que tudo parece correr mal, estava a trabalhar nesse fim-de-semana e sentia-me muito cansada e ainda por cima parecia que não ia arranjar companhia. Decidi ir, contrariando a minha letargia. E foi um concerto espectacular. Diverti-me mesmo, apesar de tudo o resto.
Isto de conseguir suspender os problemas, esquecer momentaneamente que eles existem, sejam eles quais forem, e aproveitar o que temos de bom é uma arte que não está ao alcance de todos, pelo que vou percebendo. As pessoas parece que gostam de ficar enredadas nos seus azares, a matutar nas desgraças, a sofrer antecipadamente por tudo o que ainda está para vir. Eu cá sou pragmática. Não sei se isso é bom ou se é mau, mas é assim que sou e, até ver, tem funcionado. Há quem me ache fria. Mas foi essa frieza que me permitiu continuar com o trabalho, as crianças e a vidinha, mesmo quando perdi o chão. É essa frieza que me permite (bom, nem sempre, mas quase sempre) trabalhar sem pensar nos problemas da vida, estar com as crianças sem pensar no resto, encontrar momentos de alegria até nos dias piores. Não se trata de ser inconsciente. Trata-se de ir resolvendo o que há para resolver, ao mesmo tempo que aproveito o que há para aproveitar. Desvalorizar o que não merece ser valorizado. Relativar, sempre. Seguir em frente.
Experimentem. Vão ver que vão ser muito mais felizes.
E já agora ouçam o Chico, citado no título, que vale sempre a pena:
(outra coisa que pensei nestas viagens foi que já estive em vários concertos que foram mesmo especiais, um dia destes tenho que fazer uma lista. isto de fazer umas viagens sozinha, sem as crianças, é óptimo para arrumar ideias)