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As Incríveis Aventuras da Super-Miúda é o novo livro do meu amigo João Miguel Tavares e do ilustrador Luís Levy Lima (o desenho em cima é dele). Cá em casa somos fãs dos livros infantis do João Miguel (já falei deles AQUI e AQUI) e este também já foi devidamente explorado e aprovado pelo Pedro. Além disso, como a história nasceu de uma canção feita pelo pai para a Rita, o livro traz também um CD - e que nos perdoe o Samuel Úria, que é músico que aprecio e fez um belo trabalho, mas nós preferimos a versão caseira, interpretada pela família Tavares. 

O lançamento é amanhã, na Fnac Chiado, às 18.30.  

publicado às 11:24

Acabei de escrever as minhas lamentações e fui dar uma volta pela internet. No meu facebook e no meu instagram encontro gente no Vietname, na Tailândia, no Japão, nos Açores, gente a conviver no Alentejo, a passear por Lisboa e a apanhar sol na praia, crianças a brincar, amigos que se encontram, em jardins, em exposições, em concertos (agora foi o Mexefest, antes tinham sido o Father John Misty, os Xutos, The National...), a tomar brunches em esplanadas, a beber copos algures por aí.

Definitivamente, estou a fazer algo de errado na minha vida. Algo de muito errado. Só que (a não ser deixar de trabalhar nas folgas, como aconteceu no domingo passado e voltou a acontecer este sábado, sem qualquer compensação, o que me desarranjou completamente a agenda) não tenho a mais pequena ideia do que poderei mudar.

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publicado às 22:19

26
Nov17

Rame-rame (2)

Precisava de mais horas na minha vida. Estas não me chegam. Para trabalhar, para tratar da casa e ir às compras e preparar as refeições, para os treinos e jogos de futebol, para as aulas de bateria, para os trabalhos de casa, para ajudar os miúdos a estudar para os testes (esta semana, quatro dias de aulas, o Antonio vai ter quatro testes e o Pedro dois; na próxima semana, mais quatro dias de aulas, cada um deles tem três testes) - e eu a trabalhar aos fins-de-semana, sem maneira de me escapar, este que passou, o outro que aí vem, eu estourada, a adormecer todas as noites no sofá, embrulhada na manta, nem um filme consigo ver. Precisava de mais horas na minha vida, porque também precisamos de tempo para descansar e para passear e para não fazer nada, e não temos tido nada disso. Já nem digo tempo para mim, mas tempo para nós, para nos lembrarmos como gostamos uns dos outros e como é não estarmos sempre a implicar e a discutir, vai arrumar a roupa, vão tomar banho, desliga o telefone, vai estudar, venham para a mesa, despachem-se. Precisava mesmo de mais horas na minha vida.

Precisava de tempo. Para viver.

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publicado às 18:16

A mim bastava-me ele ter imaginado e editado o DNA  - que li com tanto prazer durante dez anos; onde conheci algumas das pessoas mais importantes na minha carreira e fiz amigos para a vida; onde aprendi, entre outras coisas, que não há impossíveis e que quando um trabalho é bom tem sempre interesse para o leitor e se não for bom não se publica (reescrever, emendar, completar até ficar como deve ser); o DNA onde, ainda miúda, publiquei alguns dos trabalhos que mais me orgulho de ter feito nestes vinte anos (e só isso diz tanto).

A mim bastava-me ele ter imaginado e editado o DNA mas a verdade é que o Pedro Rolo Duarte fez muito mais do que isso, como conto neste artigo e também neste, escritos num dia triste, contendo as lágrimas, porque o trabalho de um jornalista também é isto.

Hoje era o dia para ir dar abraços apertados a algumas pessoas que o conheceram mesmo bem mas o trabalho pôs-me num comboio com destino ao Porto (mais uma vez, ser jornalista também é isto). Vou lendo as palavras da Sónia e pensando em todos os sonhos que tínhamos em 1997 e em como não faz sentido morrer com 53 anos e tanta coisa ainda por fazer e tanta vida por viver.

É uma merda, é o que é. 

publicado às 10:18

20
Nov17

Rame-rame

Eu sei que existem fases boas e más e outras assim assim e já me habituei a isto por isso já não estranho nem me preocupo muito. Há dias em que durmo pessimamente a pensar em tudo o que fiz mal, em tudo o que não fiz, em tudo o que deveria fazer, e sou uma pessoa com sorte, apesar de tudo, pois não tenho problemas graves entre mãos e, entre as contas para pagar e as chatices no trabalho, aquilo que me tira mesmo o sono são os putos. Sabem quando nos dizem que vamos ter saudades das fraldas e das birras? Ah, pois. Não é bem saudades, porque eu adoro vê-los a crescer, mas é todo um novo mundo de problemas e discussões e preocupações. Enfim. Depois há dias em que basta uma coisa boa para me sentir feliz e recompensada. Como, por exemplo, ir ver um espetáculo daqueles bons. Ou dançar uma noite inteira com as minhas amigas. Ou passar horas na cozinha a preparar o jantar. Ou vê-los a fazer os trabalhos de casa sem protestar. Sou pessoa que se contenta com pouco, como se vê. E até, nos dias bons, consigo achar que vai correr tudo bem. Isto também tem muito a ver com as estações do ano e com os ciclos da natureza, com os ciclos menstruais e provavelmente com a lua e os outros astros e energias e mais não sei quê, porque isto anda tudo ligado. De maneiras que o melhor é uma pessoa ir levando e tentar não stressar muito. E relativizar, sempre. Dito isto, não me tem apetecido vir aqui escrever, ou melhor, até me tem apetecido mas ou não tenho tempo, ou adormeço no sofá, ou então, o que também acontece muito, ponho-me para aqui a escrevinhar e depois chego ao fim e acho que não vale a pena publicar. Não se preocupem. É só uma fase.

Também é verdade que no pouco tempo livre tenho ficado entretida a ver o Master of None. Há pouco mais de uma semana, o puto pediu para assinar a Netflix para ver umas séries quaisquer com super-heróis e eu, desejosa que ele passe menos tempo a ver os parvos dos youtubers, fui na conversa e agora também me estou a tornar uma pessoa que vê séries, embora - ainda - não veja as séries da moda.

Sobre Master of None, a série de Aziz Ansari, a melhor coisa que posso dizer é que me fez lembrar imenso Seinfeld - uma série sobre nada - mas com muito menos momentos cómicos e muito mais gente como nós. Bom, um bocadinho mais hipsters do que nós, mas ainda assim gente banal com problemas banais. Gente que também tem fases boas e más e assim e assim e vai levando como pode. De preferência, com uns sorrisos. Eu ainda estou a meio da segunda temporada (deveria dizer que  estou a meio da segunda temporada, porque na verdade só há duas temporadas).

publicado às 23:08

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Se por acaso forem para aqueles lados vão ver as fotos do meu pai e pode ser que também me vejam por lá a preto e branco.

publicado às 19:46

06
Nov17

Remar remar

Cresci com eles. Com os contentores e o homem do leme, em cassetes manhosas. Não sei a quantos concertos dos Xutos já fui. No Passeio Marítimo, no Coliseu, no Campo Pequeno, no Estádio do Belenenses, no Rock in Rio, na Meo Arena, noutros palcos. Quantas vezes cantei com eles em viagens de carro. Os braços cruzados, as letras todas sabidas, reconhecer as canções ao primeiro acorde. Quantas vezes falei com eles, ao telefone e ao vivo, a pôr um ar profissional mas com vontade de lhes pedir um autógrafo. Este sábado não pude ir. E pensar que pode ter sido o último concerto. E ficar triste a ver este sorriso do Zé Pedro. Ficar mesmo triste. Como se fosse um amigo. E querer dizer-lhe: Força, Zé Pedro.

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Fotografia de Paulo Spranger/ Global Imagens,

no concerto de 4 de novembro de 2017 no Coliseu de Lisboa

 

publicado às 14:42

05
Nov17

A bolha (2)

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Sopro, o espetáculo de Tiago Rodrigues que está em cena no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, é uma pequena maravilha.

A beleza e o afecto são os melhores antídotos para os males do mundo.

E tantos que são os males. Ainda ando à procura das palavras certas para escrever sobre alguns dos acontecimentos que me têm ocupado e preocupado nos últimos tempos.

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publicado às 13:32

03
Nov17

Hoje

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publicado às 17:04


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