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11
Mai11

Havemos de ir

Fico sempre fascinada a olhar para os turistas que passeiam por Lisboa com os filhos a tiracolo ou nos carrinhos, todos felizes. Admiro-lhes a coragem. Eu também gostava de viajar, de ir a Londres, a Paris, a Praga. Mas sinceramente ainda não me atrevi. Antes de mais há logo a questão financeira: bilhetes de avião e quartos de hotel para quatro já é uma despesa considerável. Exige alguma ponderação. Então eu ponho-me a pensar no stress que há de ser com os meus filhos super-enérgicos a correrem de um lado para o outro, a espojarem-se no chão, a fugirem de mim. Não estou a exagerar. Eles são mesmo assim. E se o António, quando está sozinho, já é rapaz para se portar bem a ver um espectáculo ou a visitar uma exposição, o Pedro ainda está naquela fase em que já não quer andar no carrinho mas depois passa o tempo a pedir colo, pode-se recusar a dormir a sesta e depois faz uma birra de sono insuportável. E os dois juntos podem portar-se mesmo mal nos restaurantes e nos hotéis, pois podem, que eu já vi. E penso se iria aproveitar alguma coisa da viagem, se iria conseguir visitar museus e monumentos, desfrutar das cidades, sentar-me numa esplanada a relaxar. Não vou gastar uma pipa de massa para ir de férias e não conseguir ver nada nem descansar nem sequer beber uma caipirinha ou lá o que seja tradicional daquela terra, não é? E penso se eles iriam desfrutar verdadeiramente destas idas ao estrangeiro ou se para os miúdos (sobretudo para o Pedro, que ainda nem três anos tem) não será mais ou menos indiferente estar em Paris ou em Freixo-de-Espada-à-Cinta desde que estejam na brincadeira e a divertir-se connosco. E é depois de pensar nisto tudo, de fazer a relação entre o custo e o benefício, que sempre que temos alguns dias de férias acabamos por ir para a praia. É barato e é tão bom. Mas, pronto, fico a olhar para os turistas na Baixa e a pensar um dia destes lá vamos nós. Não há de ser este ano que a crise aperta mas um dias destes.

publicado às 12:08


6 comentários

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Anónimo 12.05.2011

Olá! Tenho dois rapazes de dois e cinco anos e estão habituadissímos a viajar connosco. A partir de um ano de idade aí vamos nós. Tal qual os turistas que andam por lisboa. É claro que os programas têm de ser adaptados, o ritmo é mais lento, não é só museus e exposições mas também parques e zoos. O importante é simplificar tudo: as refeições (nem sempre correm bem, mas isso também faz parte), as sestas (vão dormindo no carrinho ou não) e tudo o mais. À noite estão tão cansados que dormem como anjinhos :) Levamos sempre dois carrinhos e tentamos ficar em apartoteis, para simplificar com o leite do mais novo ou alguma refeição mais rápida. Vale bem a pena, tanto que o mais velho tem já o bichinho das viagens, sempre pronto para o próximo destino. No verão vamos sempre para a praia, mas na primavera andamos pela europa e é optimo. Bjs

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