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Uma gripe é uma gripe. Dá febre, dores no corpo, tremores de frio, uma vontade enorme de ficarmos deitados sem falar com ninguém. O costume. É tomar os medicamentos, beber chá de gengibre e limão e esperar que passe. O pior não é a gripe. O pior é uma pessoa ter que se levantar às sete da manhã e sair de casa e levá-los à escola. E, depois de passar o dia todo na cama, ter que voltar a sair de casa para os ir buscar à escola. E adormecer no sofá e por isso só se lembrar às 9 da noite que ainda ninguém jantou e despachar tudo com leite e torradas (os miúdos adoram). E no dia seguinte ser sábado e a gripe estar lá igualzinha e dar graças a deus por haver televisão e playstation e outras tecnologias. E aproveitar aqueles momentos bons em que o benuron está a bater para ir ao supermercado e fazer o jantar e ajudar nos trabalhos de casa e estender a roupa e essas coisas todas que é preciso fazer, apesar da gripe e das dores no corpo e da febre e dos tremores.
Sim, todas as mães fazem isto, o tempo todo, esquecem as suas dores para tomar conta dos filhos. Mas há umas vezes que custam mais do que outras. Esta foi uma dessas vezes. Maldita gripe. Maldita solidão.