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A pretexto de uma açorda juntaram-se 14 colegas de curso e suas famílias num monte em Reguengos de Monsaraz. A pretexto de uma açorda, e aproveitando as férias da Páscoa, houve quem viesse dos Açores e houve quem viesse de Londres. Vieram amigos próximos, amigos distantes, gente que não se via há mais de 20 anos, gente de quem eu já não me lembrava. Era, à partida, o grupo mais improvável. Mas se há sítio bom para fazer amigos ou para retomar amizades antigas é à volta de uma mesa, com uma poejada com feijão e bacalhau, ovos com espargos, ovos com silarcas, favinhas, muitos queijos, pão maravilhoso e, claro, a prometida açorda de alho. Vinhos da terra. E até um gin produzido ali bem perto. Chegámos a ser 21 adultos à mesa, 16 crianças e dois cães. Conseguem imaginar? A Márcia e o Zé, nossos anfitriões, receberam-nos com uma generosidade e uma alegria enormes (a trabalheira que devem ter tido a preparar aquilo tudo). Visitámos a adega de Reguengos e a Herdade do Esporão, fomos passear a Monsaraz, houve quem molhasse os pés no Guadiana ao entardecer, houve quem se atrevesse numa moda alentejana. E conversámos e gargalhámos. Havia mesmo muita conversa para pôr em dia. E enquanto isso, os miúdos brincaram na terra, andaram de tractor, correram atrás das galinhas, ficaram bronzeados do ar do campo.

A pretexto de uma açorda, passámos um fim-de-semana mesmo bom. Longe de tudo. Sem pensar na vidinha. Só a aproveitar as coisas boas da vida. E esta felicidade de estarmos uns com os outros. 

Nem eu sabia, mas estava mesmo a precisar disto.

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publicado às 18:02



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