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Quando eu era pequena, Espanha era o Rosal de La Frontera, uma terra que fica do outro lado da fronteira de Vila Verde de Ficalho, a uma hora e meia da minha terra. Nunca lá fui, mas de vez em quando alguém ia a Espanha fazer compras e voltava com embalagens enormes de gel de banho e detergentes para a casa. Isto foi antes da União Europeia, claro, ainda havia fronteiras e ir a Espanha, ainda que fosse só ali ao lado e que não fosse preciso passaporte, era uma aventura. Nesses dias, ficava à espera que o carro da dona Fátinha estacionasse à nossa porta, em pulgas para saber que coisas maravilhosas a minha avó teria comprado. Vinha o porta-bagagens cheio. De lá me trouxeram bonecas várias, tabletes gigantes de chocolates com avelãs, pacotes de rebuçados. Lembro-me particularmente de uns rebuçados muito grandes, de caramelo e pinhão, que quase não cabiam na boca e se pegavam ao dentes, dificílimos de comer. Não se vendiam em mais lado nenhum. Nesses tempos, para mim, ir a Espanha era sinónimo de ir comprar caramelos. Ainda hoje, se penso em caramelos é este o sabor que me vem à boca.
Não garanto que fossem desta marca, mas eram mais ou menos assim:
Porque é sexta-feira, é dia de largo. Eu tenho andado um pouco desleixada, mas esta semana aqui estou, a roer caramelos com estas companheiras: