Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
No camarote dançámos, cantámos, ficámos só muito atentos a ver e ouvir Caetano Veloso, emocionámo-nos. A certa altura pensei: que privilégio este, estar aqui, rodeada de amigos, vendo e ouvindo mais uma vez um dos meus artistas preferidos, que privilégio poder ouvir esta voz, desfrutar desta música. Não sou nada da moda do "estar grata", pelo contrário, queixo-me e reclamo muito, passo demasiado tempo zangada com a vida, sempre a querer mais. Mas há momentos assim, tão bons, que é impossível não pensar: que privilégio. Em vez de pensar nos concertos e nos espectáculos e nas viagens e em todos os programas a que não me consigo juntar por falta de tempo, de dinheiro ou de energia, prefiro pensar em todas as coisas boas que me acontecem e nas pessoas amigas com quem as partilho. Tanta felicidade nas coisas pequenas que me tenho esquecido de assinalar. Este ano, por exemplo, o privilégio duplo de ver ao vivo Caetano, com 81 anos, e Chico, com 79 (não os vou comparar sequer, estou só a dizer que senti o mesmo com ambos).
Nesta entrevista, Caetano explica quase tudo sobre o seu último disco, Meu Côco.
E esta é a parte sobre uma das minhas cançõs preferidas desse disco, Não Vou deixar:
"Não vou deixar, não vouNão vou deixar você esculacharCom a nossa históriaÉ muito amor, é muita luta, é muito gozoÉ muita dor e muita glória"