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Tenho o Get Out / Foge, gravado na box mas ainda não tive coragem para vê-lo. Toda a gente me diz que é óptimo mas a mim as palavras thriller e terror tiram-me o entusiasmo. Duvido que o veja até domingo. Pelo que, para já, se tivesse que ordenar os nomeados para o Óscar de melhor filme, a coisa ficaria assim:

1. Call Me By Your Name/ Chama-me pelo teu nome, de Luca Guadagnino. Adorei. Simplesmente. E acho que ainda vamos ouvir falar muito deste Timothée Chalamet.

2. Phantom Thread/ A Linha Fantasma, de Paul Thomas Anderson (que é um dos meus realizadores preferidos). Gostei mesmo muito. É um daqueles filmes difíceis de explicar, cheio de subtilezas, mas que ficam connosco durante muito tempo.

3. Lady Bird, de Greta Gerwig. Acho que quero vê-lo de novo quando estrear nos cinemas, que houve pormenores que me escaparam. É um filme que retrata a juventude como poucos.

4. The Post, de Steven Spielberg. Tenho uma relação complicada com o Spielberg. Gosto de muitos dos seus filmes mas sinto, quase sempre, que ele tem demasiadas mensagens a passar. Mensagens bonitas, lições de moral, tudo com boa intenção. Mas não sabe onde parar. Há sempre uns  minutos a mais em cada filme. E este não é exceção. Mas apesar disso é um bom filme. Não tão bom quando A Ponte de Espiões, na minha opinião. Mas ainda assim um bom filme, com óptimas interpretações (de Meryl Streep e Tom Hanks). Com uma história que vale muito a pena contar - e que todos os jornalistas e outras pessoas que trabalham em comunicação deveriam conhecer.

5. Three Billboards Outside Ebbing, MissouriTrês Cartazes à Beira da Estrada, de Martin  McDonaghÉ um bom filme mas, curiosamente, à medida que o tempo passa tenho me distanciado dele. Leio agora o que escrevi quando o vi e é curioso porque tudo o que ali está é verdade mas ficou a faltar algo: tive a sensação que aquela cena do incêndio era exagerada, que algo se perdia ali, naquele momento em que a mãe perde o juízo todo e cede à vingança e o polícia parece encontrar a salvação. Não dei muita importância na altura mas, olhando agora, aquelas personagens parecem-me quase caricaturais. É uma pena. Bastava ter havido alguma contenção nessa parte final e o filme seria muito melhor. 

6. Dunkirk, de Christopher Nolan. É um óptimo filme. Muito bonito e muito bem feito. Mas para mim isso não chega.

7. Darkest Hour/ A Hora Mais Negra, de Joe Wright. É muito curioso ver este filme depois de ter visto Dunkirk, porque ambos retratam o mesmo acontecimento: enquanto os soldados britânicos morriam na praia, em Londres Churchill fazia de tudo para tentar salvá-los. A interpretação de Gary Oldman tem tudo para levar um Óscar, incluindo o facto de o actor estar irreconhecível. Mas há demasiada exaltação de Churchill e muita pouca preocupação com a verdade dos factos. Aquela cena do primeiro-ministro no metro é apenas ridícula.

8. The Shape of Water/ A Forma da Água, de Guillermo del Toro (mas também podia ser de Jean-Pierre Jeunet  que fez Delicatessen e O Fabuloso Destino de Amélie). Não consegui acreditar em nada daquilo, nem no monstro, nem na rapariga muda, nem naqueles cientistas que pareciam tirados de uma banda-desenha. Não consegui acreditar naquela voz off que nos conta a história como se fosse uma fábula. Nem naquele amor sem palavras. Lamento. Um aborrecimento.

Além destes, ainda vi mais dois filmes de que gostei muito: The Florida Project, de Sean Baker, que está nomeado para melhor actor (Willem Dafoe), e I, Tonya, de Craig Gillespie, sobre a patinadora Tonya Harding, com Margot Robbie, e Julianne Nicholson (nomeadas para melhores atriz e atriz secundária). Se estivessem nomeados para melhor filme, qualquer um deles estaria ali a meio da tabela.

Da "minha" tabela, claro está.

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publicado às 22:51



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