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Não sei bem que dizer. Quando o terror é imenso perdemos as palavras, não é? Nestes últimos dias tenho tentado fazer algumas leituras, preencher algumas lacunas que ainda há pouco admitia aqui, quando escrevi sobre a Golda. Ainda assim, tudo o que possa dizer é de uma enorme banalidade. Toda a violência é terrível mas a violência sobre civis, inocentes, é sempre pior. Porque odiamos?, volto a perguntar. Não tenho respostas. Surpreendem-me muito as pessoas que tomam posições muito convictas sobre este conflito (e sobre outros também, mas sobre este especificamente). A mim sobram-me as dúvidas.
Deixo algumas pistas:
Falei com a Nofouz, 23 anos, estudante de medicina, da Cisjordânia. É só um lado da história, claro. A mim tocou-me muito.
Uma fotogaleria da Palestina antes de ser Israel, que me fez olhar para trás. As fotos são maravilhosas mas o que ali está é o retrato de uma região colonizada.
"Somos todos animais", um texto da Alexandra Lucas Coelho, que tem dito coisas que me fazem muito sentido.
A Isabel Lucas escolheu alguns livros que poderão ajudar a entender o que se passa na Palestina. Também há uma selecção de filmes, escolhidos pelo Palestine Film Institute.
Também podem ir (re)ler e (re)ouvir a série de reportagens que o Fumaça fez em 2017: "Palestina: Histórias de um país ocupado".
Com tantas imagens horríveis que nos chegam, lembrei-me da Susan Sontag e do seu "Olhando o sofrimento dos outros". Nunca o li todo, confesso, talvez seja este o momento certo.
Palestinianos procuram sobreviventes após mais um bombardeamento na Faixa de Gaza (AP Photo/Abed Khaled)
"Tragam-nos para casa". Em Telavive, uma mulher apela à libertação dos reféns israelitas (AP Photo/Petros Giannakouris)
(e, não sei se repararam, mas de repente deixámos de falar da Ucrânia. a guerra continua lá mas é como se já não estivesse a acontecer. isto devia tanto fazer-nos reflectir.)